Crítica – X-Men 16 (Aurora de X)

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Alô! Alô! Pessoas velhas de todas as idades, saindo mais uma crítica fresquinha de “X-Men” com a edição 16, lançado pela Panini em maio de 2021. Este volume reúne os títulos: “Hellions” 2 e 3, “New Mutants” 10 e 11, “Excalibur” 10 e “Wolverine” 1.

Velho Também lê quadrinhos. Crítica de “X-Men”.

“Hellions (Satânicos) 2 & 3 – Trabalho Sangrento & Pessoas Nulas”.

Histórias escritas por “Zeb Wells”, desenhadas por “Stephen Segovia” e coloridas por “David Curiel”.
Para quem não esperava muita coisa desta história eu até que fui positivamente surpreendido. Quase tudo nela funcionou muito bem. Acredito que a decisão de “desfazer” o grupo rapidamente ajudou a fugir do lugar comum em histórias de grupos de vilões/desajustados. O destaque que é dado para a Psylocke foi uma decisão certeira, já que a mutante agora é uma nova pessoa, com novo passado e uma página em branco. Ele parece que saberá explorar isso. O Ponto que não funcionou foi a tentativa de resumir algo complexo (tosco, na verdade) do passado para o leitor atual. Pior foi mais uma vez a inclusão do texto explicativo que não explica, porém deixarei para falar disso para o final da crítica. A arte seguiu como na edição anterior: simples, mas muito boa. O trabalho do Stephen é muito consistente e bonito. Acho que o David ajuda muito na sensação de arte de quadrinhos dos anos 90. Essa edição eles trabalharam ainda melhor que na anterior, mesmo tendo um cenário desafiador para as batalhas e os tipos de mutantes envolvidos. Gostei muito da edição dupla e espero ver a sequência logo.

Velho Também lê quadrinhos. Crítica de “X-Men”.

“New Mutants (Novos Mutantes) 10 & 11 – Parassonia & Sonhos Dourados”.

Histórias escritas por “Ed Brisson”, ilustradas por “Flaviano” e coloridas por “Carlos Lopez”.
Caramba que história maneira! Terminei bem empolgado com o que li e vi. Tudo funcionou muito bem, a trama envolvendo uma nação que não gosta de mutantes, a resolução do problema com a nova mutante encontrada, o desenvolvimento dos personagens e da história. Ed fez um trabalho incrível com um arco tão simples. E ele ainda foi ajudado por um trabalho de arte impecável feito pela dupla Flaviano e Carlos. Eles aproveitaram muito bem o poder da mutante Cosmar e viajaram dentro da liberdade que tiveram. Tinha muito potencial para ser confuso e dar errado, mas não deu. Parabéns para o trio!

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“Excalibur 10 – Verso X: Um mundo impostor”.

História escrita por “Tini Howard”, ilustrada por “Marcus To” e colorida por “Erick Arciniega”.
Não sei como comentar esta edição. Na anterior eu estava perdido, nessa eu fiquei totalmente excluído mesmo. Cheguei a buscar a edição anterior para ver eu tinha esquecido de algo, mas não. É apenas uma história do Howard que ficou bem confusa. Definitivamente não gosto desse lance de muitas realidades paralelas. Vamos ver como ele se sairá desse arco. Pelo menos os desenhos do Marcus estão excelentes. O visual dos novos Capitães Britânia ficou impecável. Erick também entrega mais do que a história merecia. Realmente espero que tudo isso seja bem amarrado e eu volte para estas edições e pense “nossa como eu fui tonto de não sacar isso?”

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“Wolverine 1 – Catacumbas”.

História escrita por “Benjamin Percy”, ilustrada por “Viktor Bogdanovic” e colorida por “Matthew Wilson”.
Não entendi a contagem desta edição voltar a ser a primeira de Wolverine, porém isso pouco importa porque Benjamin apresentou uma história quase impecável. O ponto fraco dela, que era totalmente previsível, não faz sentido para uma nação de mutantes lotada de telepatas, porém já me enganaram umas edições atrás, quando eu li a história pensando isso e os X-Men sabiam exatamente o que estava rolando. Espero que seja isso, porque a história é promissora. Foi a história contada de melhor maneira neste volume, com tempo de sobra para tudo que era necessário. Gostei bastante. A arte é simples e funcional. Os traços do Viktor são “sujos” da maneira certa e as cores de Matthew caíram bem para esta arte mais crua. Edição excelente. Quero mais!

Velho Também lê quadrinhos. Crítica de “X-Men”.

“X-Men” 16 conseguiu recuperar a minha vontade de ler as histórias mutantes. Das seis histórias inclusas, apenas uma é bem ruim, mas pode ser culpa minha de não conhecer o mundo de Excalibur e daí vem o meu principal problema deste “reboot”: qual o objetivo dele? Pelo que li, Jonathan tem (tinha) um plano para 3 arcos completos que seriam executados em 3 anos. O objetivo era realmente mudar o mundo dos “X-Men” e atrair novos leitores. Eu acredito que isso falhou porque não houve um reset. Ocorreu apenas um fato novo, que é a nação mutante. Com isso, seguimos tendo centenas de mutantes que são desconhecidos do grande público e com referências para histórias antigas que também podem ser desconhecidas dos novos leitores. Ao invés de dar tempo para os escritores trabalharem melhor as histórias, tentam colocar textos explicativos sobre este passado. Acontece que estes textos são ineficientes, já que tentam fazer como se fosse uma série de mensagens trocadas entre diferentes personagens. Para mim isso não tem funcionado e tem até atrapalhado o andamento das histórias. Fica aqui o desabafo. 😊
Voltando à esta edição de “X-Men”, achei uma revista sólida, com 5 histórias muito boas, todas as artes bem caprichadas. E estou gostando bastante da adição de capas alternativas e muitas outras artes de página cheia no final da revista. Com tudo isso, “X-Men” 16 merece 4 bengalinhas.

Velho Também lê quadrinhos. Crítica de “X-Men”. Nota 4 de 5 bengalinhas.

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