Crítica – X-Men 12 (Aurora de X)

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Tentando manter o embalo na leitura de X-Men, volto aqui para trazer a crítica de “X-Men 12”, lançado pela Panini em Março de 2021 esta edição reúne os títulos: “New Mutants” 7, “Wolverine” 1, “Marauders” 7, “X-Men” 7, “Excalibur” 7 e 8. Reparem que não temos “Fallen Angels”(alegria) e nem “X-Force” (tristeza), mas temos a estreia do título solo de “Wolverine” nesta nova fase. Vamos lá.

Velho Também lê quadrinhos. Crítica: X-Men 12.

“New Mutants (Novos Mutantes) 7 – Spoiler”, escrita por “Jonathan Hickman” com arte de “Rod Reis”.
Começar uma edição dos “Novos Mutantes” e ver que a história foi escrita por Hickman tem sido a certeza de uma boa história e aqui não foi diferente, ainda que eu sinta uma leve queda com uma resolução muito simples. Nesta edição temos o retorno da aventura no espaço, encerrando um arco e já começando outro que deve nos trazer altas aventuras no planeta Shi’Ar. A história é boa, mas eu esperava mais ação e o que recebi foi mais política. Fica difícil comentar muito sem cair em spoilers, mas novamente o Hickman desfila por onde brilha: relações humanas, ops, mutantes. Temos Roberto apaixonado e um portal mutante no planeta Shi’Ar, fora Ciclope nos deixando curiosos com favorzinho secreto. A expectativa já fica lá no alto, ainda mais se tudo isso seguir sendo ilustrado pelo Rod Reis. Ele novamente entrega tudo que é necessário e mais um pouco, conseguindo dar até mais dinâmica em uma edição que foi bem mais parada. Ponto altíssimo para a batalha no estilo dos antigos livro jogo ou “faça você mesmo”. Só isso já valeria a edição. Leiam sem medo.

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“Wolverine 1 – Cartel das Flores”, escrita por “Benjamin Percy”, ilustrada por “Adam Kubert” e colorida por “Frank Martin”.
Aqui temos a estreia do título individual do Wolverine e já começa com uma boa história contada pelo Percy. Ele usa um recurso narrativo já desgastado que é começar a história do final e nos colocar um mistério para descobrirmos juntos, só que ele faz isso bem e fui seguindo as páginas muito rápido, sendo premiado com um cliff hanger, além de ter conhecido um grupo de fanáticos religiosos que me é inédito ou havia esquecido. A leitura foi tão agradável que eu tive que voltar para “prestar atenção na arte depois de terminar a história. Teria sido uma pena não olhar a arte com carinho, porque o trabalho da dupla Adam e Frank está demais. O nível de detalhes faz com que vários quadros sejam lindos, nível de capa de revista. Os personagens possuem corpos diferentes e podem ser reconhecidos até pelas suas silhuetas. Excelente. Se as edições futuras seguirem com esse padrão de qualidade, teremos um título de primeira linha em mãos.

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“Marauders (Carrascos) 7 – De Emma, com amor”, escrita por “Gerry Duggan”, ilustrada por “Stefano Caselli” e colorida por “Edgar Delgado”.
Depois da edição passada, que achei bem confusa, eu não sabia muito o que esperar desta história. Gerry volta com força total para o aspecto político deste arco e ele tenta fazer isso de maneira simples, resumindo o momento atual e incluindo elementos novos, como a chegada dos Morlocks, mas não sei se eu precisava ter um conhecimento maior sobre estes personagens, ou se faltou melhorar o texto, porque me senti um pouco perdido de qual a direção estão indo. As ilustrações também não me ajudaram a gostar da história, já que Stefano me parece desenhar o físico de todos os personagens praticamente iguais, temos o mesmo queixo, mesma boca, mesma sobrancelha, etc. E a escolha das cores, de Edgar, me parece bem equivocada em alguns momentos. Imagino que ele tenha tentado sinalizar a intenção das cenas, mas ainda assim me pareceu grosseiro e algumas vezes me parece até que duas pessoas diferentes coloriram a edição. Resumindo, esta foi a história mais fraca de “X-Men” 12.

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“X-Men 7 – MorteVida”, escrita por “Jonathan Hickman”, ilustrada por “Leinil Francis Yu” e colorida por “Sunny Gho”.
Que história boa! Incrível como o Hickman pode trazer profundidade para os temas que quer abordar. A edição foca em um elemento novo da Ilha de Krakoa, e tinha grandes chances de dar errado com uma explicação chata ou rasa, mas ao invés disso o tema é debatido durante toda a edição através de um (excelente!) diálogo entre Noturno e Ciclope. A questão filosófica por trás da ressuscitação dos mutantes é muito bem debatida e fiquei pensando nela ainda uns dias depois de terminada a leitura. Uma pena que a arte tenha me chamado atenção de maneira negativa. Nem é que esteja ruim, gosto bastante do trabalho do Leinil, porém aqui me irritam algumas sujeiras desnecessárias nos desenhos, principalmente nos rostos e falando nisso, também temos praticamente todos os rostos desenhados iguais. Para uma edição focada neste debate filosófico, não poderia ter acontecido isso, ainda mais que todo o restante da arte dele está excelente e as cores do Sunny encaixaram perfeitamente para cada tema. Gostei muito desta edição e fico só pensativo com a linha do tempo, afinal, umas edições atrás um grupo mutante ficou preso dentro da Câmara e a história segue como se nada tivesse acontecendo. Estranho.

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“Excalibur 7 & 8 – Verso VII & Verso VIII: O inominável e o Insuportável”, escritas por “Tini Howard”, desenhadas por “Wilton Santos” & “Marcos To”, arte final por “Oren Junior” e colorida por “Erick Arciniega” & “Esean Parsons” & “Marcos To” & “Roberto Poggi” & “Victor Nava”.
Que historinha gostosa de ler, Tini nos presentou com bastante ação e seguiu com o desenvolvimento, e mistério, da trama de Apocalipse. Assim como os mutantes, eu sigo sem acreditar em qualquer boa intenção de sua parte. Algumas coisas deste mundo ainda me deixam perdido, mas o bom roteiro tem ajudado a não ficar perdido e com isso conseguir aproveitar. Apesar da coletânea de artistas, as artes ficaram bem coerentes, com um ou outro probleminha na segunda parte da história, mas nada que seja digno de nota e que tire a empolgação com essa edição. Foi a história que mais gostei em “X-Men” 12.

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“X-Men” 12 manteve o bom ritmo das últimas 4 edições. A troca de “Anjos Caídos” por Wolverine foi excelente, não apenas por trazer este mutante que gosto tanto, mas principalmente por remover aquela história péssima. Senti falta de “X-Factor”, mas entendo a motivação de ter colocado duas edições de “Excalibur” na sequência. Outra edição com 4 bengalinhas para os “X-Men”.

Velho Também lê quadrinhos. Crítica de X-Men 12. Quatro de cinco bengalinhas.

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