Crítica – X-Men 11 (Aurora de X)

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Temos aqui um recorde de velocidade nas críticas de X-Men? Temos sim senhor! Não esperem que sempre seja rápido assim, mas vamos à crítica de X-Men 11, revista lançada pela Panini em Março de 2021 e que traz os títulos: “X-Men 6”, “Marauders 5”, “X-Force 6″, Excalibur 6”, “New Mutants 6” e “Fallen Angels 6”.

“Marauders (Carrascos) 6 – Tempo de colher”, escrita por “Gerry Duggan”, desenhada por “Matteo Lolli & Mario Del Pennino” e colorida por “Erick Arciniega & Federico Blee”.
A primeira história da revista já me deixou com um misto de sentimentos, porque eu ainda não tenho certeza se, ou quanto, gostei dela. Ao mesmo tempo que Gerry prepara o terreno para o que me parece ser um arco novo, sinto que isso é construído de uma maneira mais simples do que deveria. Algumas decisões são até toscas e são contadas de maneira confusa. Fiquei bem perdido na localização de cada um dos mutantes e atacantes. Acho que faltaram páginas para que a história fosse melhor contada e isso fez com que eu não gostasse dela. Além do texto, as artes também ficaram ligeiramente piores que nas edições anteriores. Espero que o próximo número recupere o fôlego, porque a política ficou confusa e a ação ficou tosca.

Velho Também lê quadrinhos – Crítica “X-Men 11”.

“Excalibur 6 – Verso VI: Vigie o Trono”, escrita por “Tini Howard”, ilustrada por “Marcus To” e colorida por “Erick Arciniega”.
O editor “Mateus Ornelas” abre a revista indicando que esta edição trará diversas conclusões para as tramas que estavam em andamento. Ainda que eu não tenha entendido a história anterior, dos Carrascos, como uma conclusão, em Excalibur isso está óbvio. O porém é que, além de sofrer do mesmo problema da história dos Carrascos – faltarem páginas para contar a história – ainda temos um monte de referências à temas que são anteriores à este reboot dos mutantes, fazendo com que o novo leitor fique perdido perdido como eu fiquei e isso dificultou o meu entendimento. E olha que o roteiro do Tini tentou amenizar com textos auxiliares, mas, pelo menos para mim, não foi o suficiente. Alguns pontos foram bem ruins, como um personagem que morreu na edição anterior já ter sido ressuscitado em tempo recorde e ainda conseguir voltar praticamente para o mesmo ponto da história resolvendo a situação quase como um Deus Ex Machina. Por que o matar se isso não traria consequência alguma e só enfraqueceria a resolução? Uma pena, justo quando eu estava me sentindo à vontade com o mundo de Excalibur, fui lembrado que ainda não sou membro do clubinho. Fora isso, o trabalho artístico está novamente excepcional e mesmo com toda confusão, consegue te colocar dentro da história. Óbvio que a arte também sofre da “falta de páginas”, já que a principal luta tem que ser resolvida em poucos quadros reduzindo o clímax da edição, mas ainda assim os artistas se viraram como deram. Ponto positivo nesta edição que considero mais fraca que as anteriores.

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“Fallen Angels (Anjos Caídos) 6 – Conclusão”, escrita por “Bryan Hill”, ilustrada por “Szymon Kudranski” e colorida por “Frank D’Armata”.
Finalmente chegamos à conclusão deste arco que eu desgostei tanto. As artes seguem toscas e a história mal contada e desinteressante. Só isso. Agora é torcer para que o título seja substituído por outro ou que toda a equipe seja trocada.

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“New Mutants (Novos Mutantes) 6 – Frustrante”, escrita por “Ed Brisson”, ilustrada por “Flaviano” e colorida por “Carlos Lopez”.
Das duas histórias dos “Novos Mutantes”, que estavam se revezando nas edições de “X-Men”, essa é a que menos achava interessante, mas quando comecei a ler já lembrei que estava curioso pela conclusão e não me decepcionei. O roteiro segue sem inventar nada mirabolante, mas o texto do Ed segue sendo efetivo ao lidar com mutantes de poderes tão limitados (ok, uma dupla ali tem um poder de mudar as lembranças e isso é bem poderoso) sem cair na tentação de criar uma aventura muito maior que eles. A arte do Flaviano também entrega o que é necessário e casa bem com as cores de Carlos, resultando em uma edição gostosa de ler.

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“X-Force 6 – Inteligência”, escrita por “Benjamin Percy”, ilustrada por “Stephen Segovia” e colorida por “Guru eFX”.
Palmas para Benjamin! Clap Clap Clap. Em poucas páginas ele consegue introduzir uma história nova, contá-la inteira até a conclusão e ainda abrir um arco novo. E fez tudo isso misturando um pouquinho de ação, com política e desenvolvimento do Fera. Começo até a me perguntar se as outras histórias realmente faltaram páginas ou talento. Cada vez mais eu gosto de “X-Force”, que era um grupo que eu desgostava na adolescência. Acho que precisei amadurecer e entender que o mundo não é apenas preto e branco, tem vários tons de cinza (cinquenta?) no meio. Para complementar esta história, ainda tem a arte impecável de Stephen e Guru. Sem dúvidas a melhor edição de X-Force dessa nova safra e com potencial para uma ameaça maior para os mutantes.

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“X-Men 6 – O Oráculo”, escrita por “Jonathan Hickman”, ilustrada por “Matteo Buffagni” e colorida por “Sunny Gho”.
Que história boa! Estou mesmo virando fã do Hickman, eu sei, mas é que novamente ele parece estar um degrau acima dos outros roteiristas dos títulos mutantes. Aqui não temos a conclusão de um arco, mas a sequência de um tema que estava “esquecido” nas edições anteriores e que é trazido de volta em grande estilo. Temos uma das minhas mutantes prediletas, Mística, como protagonista da história. Ela entra em conflito com o professor Xavier, que claramente pretende enganá-la. Gosto muito de ver este lado do Xavier, porque faz todo sentido ele colocar o que é melhor para a comunidade mutante acima do que é melhor para a Mística, ainda que isso seja visto como canalhice da parte dele. Não lembro se já vi arte do Buffagni em outras edições, mas gostei muito do trabalho dele. Incrível como chegou já se integrando muito bem ao texto do Hickman. Me agrada a variação do nível de detalhes onde precisa e a simplicidade onde o detalhe não é necessário. Isso é potencializado pelo trabalho do Sunny que consegue realçar o que é importante em cada quadro. Se foi o primeiro trabalho em conjunto do trio eu não sei, só sei que funcionou muito bem e esta história deixou um gostinho de quero mais. Sem falar que ela parece ter o potencial para destruir o sonho da nação mutante na ilha de Krakoa. Vamos ver qual será a sequência da história. Ps.: e ainda tem um grupo mutante já em outro arco que ainda não foi finalizado. “X-Men” está prometendo!

Velho Também lê quadrinhos – Crítica “X-Men 11”.

Como é difícil dar uma nota para “X-Men” 11. Normalmente eu praticamente ignoro “Anjos Caídos” e faço uma média do que achei das outras histórias, mas fazer isso nesta edição me parece injusto, porque ela trouxe temas com potencial para realmente mover a saga da da nação mutante, então vou deixar com 4 bengalinhas, porque a sensação que eu fiquei foi muito boa. Eu me diverti muito com as histórias que eram boas, superando a sensação ruim das histórias que não foram boas.

Velho Também lê quadrinhos – Crítica “X-Men 11”. 4 bengalinhas.


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