Mais um mês e mais uma edição de “Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba” lida. Cheguei ao volume 3 e trago aqui a crítica.
Sexta Forma: Redemoinho Giratório
Quero abrir já falando que a inclusão de um resumo, logo no início do quadrinho, é muito interessante, ainda mais para velhos como eu, com a memória que tende a ser pior. Eu ainda lembrava da história, mas vai que, não é? Gosto que também estão incluídos os nomes dos personagens envolvidos na história e nunca lembro os nomes dos personagens secundários ou do vilão principal. Com o tempo quem sabe eu passe a lembrar.
Deixando isso de lado, temos a sequência da luta anterior e esta acontece até que de maneira bem rápida, já que os vilões, e a explicação de suas Kekkijutsu, tinham sido introduzidos na edição anterior. É interessante como a autora “Koyoharu Gotouge” consegue criar uma situação bem crível para a vitória do grupo de Tanjiro. Ele não derrota o grupo sozinho e provavelmente nem conseguira isso, pelo estado de saúde que estava. Histórias assim me são mais atraentes, porque ele segue sendo um iniciante e não um super-herói que já começa invencível. Os próximos passos da história também ficam claro e nosso protagonista ganha um objetivo extra.
Sétima Forma: Ataque Curvo Perfurador de Ondas
A segunda história desta edição é resolvida nela mesmo, sem enrolação. Isso que a autora ainda introduz dois novos personagens. O roteiro me divide quanto à introdução destes personagens, porque ela usa uma espécie de “narração em off” para introduzir o Zenitsu. Acho que isso enfraquece um pouco a parte narrativa. Ele não está sozinho, tem outro personagem com ele, então dava para colocar este personagem chegando à conclusão e descobrindo conosco. Tirando isso, ela segue sabendo construir o mundo e desenvolver os personagens. Não sei se é minha bagagem do anime, mas aqui o Zenitsu e sua histeria me despertou o mesmo desconforto. No anime eu quase desisti, porque não suporto essa gritaria, mas dois amigos me convenceram a seguir e não me arrependo. No mangá será mais fácil seguir. Também temos a introdução do Inosuke e em poucos quadros sacamos um pouco da personalidade dele, sem revelar tudo e dando espaço para evolução. Tanjiro também enfrenta o seu primeiro Oni que já foi parte dos 12 superiores e agora estava como 6 inferior: Kyogai. É muito legal saber o passado dele e entender o que foi que permitiu à Tanjiro ganhar a luta. Novamente a autora escreve muito bem para nos fazer acreditar nessa vitória.
Nona Forma: Respingo de Água do Caos
Além da boa escrita, a arte também segue muito bem. Os dois principais Onis que Tanjiro enfretou nesta edição possuem poderes que podem ser bem complexos de entender e a combinação dos pensamentos do Tanjiro com a arte, deixam isso simples. Alguns quadros possuem muita informação, ainda assim são relativamente fáceis de serem entendidos.
Essa edição também trouxe uma espécie de cartão postal com a imagem do Tanjiro. A primeira veio um marca páginas, havia esquecido de mencionar. Não sei se veio algo na segunda e eu perdi/não vi. Acredito que não. É um pequeno mimo, mas que não aumenta o custo da revista, então tá valendo.
Este terceiro volume de “Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba” foi muito bom, mas o considero bem inferior aos dois primeiros volumes. Não acredito que a segunda missão precisava ser resolvida já nesta edição, com isso teríamos mais tempo para desenvolver um pouco melhor o Zenitsu, talvez sem precisar usar a narração em off. Também poderíamos ter visto um pouco mais da jornada do Tanjiro pelo Japão. Até este volume os cenários eram parte da história, com ele conhecendo pessoas e cidades. Aqui isso não aconteceu e senti falta. Mas ainda assim é uma história bem contada com uma arte muito bem feita, então leva 4,5 de 5 bengalinhas.
